O setor agropecuário paulista tem se destacado em 2024 e, nos primeiros nove meses do ano já representa 18% das exportações nacionais, superando o estado de Mato Grosso, que responde por 17,3%. Apesar dos desafios climáticos enfrentados pelos produtores rurais, como a seca que afetou as plantações de cana-de-açúcar e laranja, São Paulo teve um aumento de 9,2% nas exportações, puxado em parte pelo complexo sucroalcooleiro, carnes e produtos florestais, entre outros.
Além de representar alta qualidade e competitividade, o agro paulista exibe uma grande diversificação na pauta de produção e exportação. Se formos lembrar que, há cerca de 50 anos, exportávamos apenas café e açúcar, a conquista desse espaço é ainda mais relevante. Com o desenvolvimento de pesquisas houve a possibilidade de aprimorar as culturas, ampliar a produtividade e trabalhar para se construir um setor cada vez mais robusto.
A agropecuária brasileira é reconhecida internacionalmente pela sua qualidade. O Brasil é apontado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) como um dos principais players na produção e exportação de alimentos no mundo e parte importante na segurança alimentar global. E o desafio que se impõe atualmente é produzir ainda mais, com sustentabilidade e com culturas mais resilientes, que resistam aos eventos climáticos que estão ficando cada vez mais extremos, afetando diretamente o campo.
Nesse aspecto, no estado de São Paulo, o Projeto Integrar, primeiro grande mapeamento do setor agropecuário, desenvolvido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), em parceria com o Senar, será uma ferramenta vital para a prospecção de novos mercados. Conhecer o campo e seu potencial é o caminho para se investir num agro ainda mais forte, capaz de oferecer novas oportunidades e pronto para atender não apenas as exportações, mas levar produtos de qualidade para a mesa dos brasileiros.