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Vítima de facadas tem alta e denuncia relação abusiva
Amanda, que está grávida de três meses, levou cerca de 20 facadas, teve pulmão perfurado e terá que fazer cirurgia no braço (Fotos: Redes Sociais)

A mulher atacada a facadas pelo ex-marido, Amanda Bentivoglio Ramazini, de 31 anos, recebeu alta na tarde desta quinta-feira (24). Ela estava internada em um hospital particular na cidade de Franca, a 80 quilômetros de Ribeirão Preto, desde que foi atacada pelo ex-marido, o engenheiro civil Luís Fernando Moreira Bentivoglio Silveira, na segunda-feira (21). Chegou a ficar na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI).

Assim que recebeu alta, Amanda veio para Ribeirão Preto, onde vive sua mãe, Rosana Baldim Ramazini, também ferida durante o ataque. Ela convocou a imprensa para expor sua história.

A mulher disse os dois estariam juntos havia cerca de 10 anos e que passou a receber agressões verbais, depois físicas e chegou a ser estuprada pelo ex-marido. Ela diz recebeu mensagens alertando que ele assediava mulheres e namoradas de amigos.

Muito abalada, Amanda, que está grávida de três meses do terceiro filho do casal, contou que a gravidez não foi prejudicada. Eles têm um menino de sete anos e a menina de um ano, que foi ferida no ataque. Ela levou cerca de 20 facadas – uma das quais perfurou seu pulmão e outra vai fazer com que passe por cirurgia reparadora no braço. O casal estaria se separando, quando tudo ocorreu e ela tinha medita protetiva de urgência que impedia o homem de se aproximar dela.

Luís Fernando está preso, acusado de atacar a ex-esposa, a sogra e a filha de um ano (Foto: Redes Sociais)

O crime

Luís Fernando teria agredido sua ex-mulher, Amanda Ramazini, sua própria filha de um ano de idade e sua ex-sogra Rosana. O crime ocorreu na segunda-feira (21), no apartamento onde o casal residia, na Avenida São Vicente, Vila Santa Cruz, em Franca, a 80 km de Ribeirão Preto.

As três foram esfaqueadas pelo ex-marido de Amanda, que está grávida do terceiro filho do casal. Ele não aceitava o fim do relacionamento com a mulher, com quem tem um filho de sete anos e uma filha de um ano. O menino não estava no local, no momento do crime.

O engenheiro havia sido preso no dia 11 de outubro, após perseguir a ex-companheira e furar os quatro pneus do veículo da mulher. O ataque ocorreu em Ribeirão Preto, onde Amanda estaria hospedada, na casa de sua mãe, fugindo do ex-marido.

Ele foi preso em flagrante. No dia 12 de outubro, todavia, acabou obtendo liberdade após audiência de custódia. Nesta segunda-feira, a mulher foi até o apartamento onde o casal morava, em Franca. Estava acompanhada da mãe e da filha de um ano, para apanhar alguns pertences. O filho de sete anos não estava no local.

Para a delegada Juliana, homem teve intenção de matar ex-companheira (Foto: Reprodução Internet)

Luiz Fernando ainda estava cadastrado no sistema de acesso ao condomínio e aproveitando-se disso, entrou no local. Armado com uma faca, ele teria iniciado os ataques a Amanda, que apenas se defendeu. Ela estava com a filha do casal no colo. A criança também foi atingida. A ex-mulher do agressor chegou a se trancar com a filha no banheiro do apartamento, mas o homem arrombou a porta.

Rosana, a sogra do agressor, tentou apartar e acabou atingida com socos, chutes e levou uma facada nas costas. Moradores e funcionários do condomínio conseguiram imobilizar e desarmar o engenheiro e chamar a Polícia Militar.

O homem foi detido e levado para uma delegacia, onde foi autuado em flagrante. Pode responder por tripla tentativa de feminicídio, crime que foi desmembrado da Lei Maria da Penha e passa a ter pena de até 40 anos. Em audiência de custódia realizada nesta terça-feira (22), Luiz Fernando teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. Rosana e a neta tiveram alta hospitalar no dia seguinte às agressões sofridas.

Rosana, mãe de Amanda, divulgou vídeo pedindo apoio para que agressor não obtenha habeas corpus e seja levado a júri popular (Foto: Redes Sociais)

Apelo

Amanda e Rosana fizeram um apelo para que a opinião pública pressione e o engenheiro não consiga habeas corpus, sendo levado a júri popular. A defesa de Luís Fernando disse à imprensa que seu cliente está arrependido e que teria agido por impulso. O advogado do engenheiro também havia dito que iria pedir habeas corpus. A delegada Juliana da Silva Paiva, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Franca é quem está à frente das investigações do caso.

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